Alimentos calóricos ricos em açúcar e gorduras (sovertes, doces, leite condensado, frituras, etc), e álcool, pois contêm grandes quantidades de calorias e podem causar náuseas, tontura, mal- estar, diarréia e queda de pressão – é a famosa “Síndrome de Dumping”, um efeito colateral bem vindo que ajuda a restringir a ingesta de alimentos indesejáveis para quem está muito obeso.
Sempre! Porque algumas pessoas priorizam tanto a qualidade da gasolina que estão colocando no carro e não dão a mesma importância para os alimentos que consomem? Os alimentos não são as fontes de energia e o substrato para o corpo funcionar? Qualidade é prioridade, e isso significa consumir alimentos nutritivos ricos em proteínas vitaminas e sais minerais.
A quantidade é bem limitada no pós-operatório imediato, mas vai aumentando gradativamente ao longo do tempo. No início a nossa preocupação é com a integridade da cirurgia; afinal de contas o estômago foi cortado, grampeado e suturado por cima dos grampos para reforçar e aumentar a segurança, mas não deve ser submetido a grandes pressões no seu interior. Com o passar do tempo, ocorre a cicatrização, e o edema vai diminuindo, ao tempo em que a capacidade e a tolerância alimentar vão aumentando. Após alguns meses esse indivíduo será capaz de ingerir quantidades semelhantes às de uma pessoa que come pouco, porém ainda muito menos que o volume ingerido antes da cirurgia, e suficiente para determinar uma dramática redução no peso. Orientamos cada paciente a selecionar qualitativamente os alimentos que vai ingerir, além da redução do volume que será controlada pela capacidade gástrica que estaráreduzida.
A princípio sim. Cada paciente é orientado a variar os alimentos, ingerindo refeições coloridas, ricas em proteínas e pobres em gorduras, principalmente as saturadas,. Aspectos culturais, preferências, alergias e intolerâncias alimentares são respeitadas. Deve-se também fugir dos doces, não só pelo mal estar e enjôo que alguns apresentam, chamado de “dumping” (que ocorre quando alimentos ricos em açúcar ou gordura caem direto no intestino), como também pelo princípio básico de redução calórica. Aqui na Bahia, por exemplo, existe uma grande paixão pela moqueca, então não tiramos esse prato definitivamente do cardápio, mas orientamos a colocar pouco dendê ao final do preparo.
Existe muito mito em torno da dieta pós-operatória. O que é preconizado é que se tenha uma alimentação integral, com os diversos grupos alimentares de forma equilibrada. Não é necessária uma vida com milhões de restrições, porém não é recomendado uma liberação só porque o estômago está menor. Um outro aspecto importante é que é preciso priorizar nas refeições alimentos ricos em proteínas, como carnes, leite e derivados, além de saladas, verduras e frutas pelo seu teor vitamínico.
Toda cirurgia bariátrica que envolve algum componente restritivo (banda gástrica, bypass gástrico com ou sem anel e gastrectomia vertical) possio mais controle sobre a ingesta de sólidos que líquidos. Às vezes o anel na cirurgia de Capella determina uma dificuldade ainda maior, principalmente se este estiver muito apertado ou em posição anômala. Isso se torna mais evidente quando o indivíduo passa a comer rápido, impedindo a correta trituração dos alimentos na boca, o que dificulta a passagem dos mesmos pelo anel. No pré-operatório trabalhamos a mastigação e o tempo de refeição para que cada paciente possa evoluir confortavelmente sua dieta desde líquidos até alimentos sólidos. Não se deve buscar o mais fácil de comer pois este hábito pode facilitar o reganho de peso.
O cuidado com a alimentação é importante em qualquer fase da cirurgia. No pré-operatório o paciente tem seu perfil alimentar avaliado com orientações para perda de peso e ajustes da dieta conforme hábitos de vida, isso inclusive o ajudará a manter os horários regulares depois da cirurgia. No pós-operatório, ocorre a inclusão gradativa de diversos alimentos não justificando essa ‘despedida” por medo de não comer mais nada depois. Além disso, o ganho de peso no pré-operatório costuma acarretar aumento do tamanho do fígado devido à maior infiltração de gordura (esteatose hepática) e a piorar o controle da pressão, da respiração e dos níveis de açúcar no sangue; estas alterações dificultam o procedimento e aumentam o tempo e o risco cirúrgico.
A alimentação é líquida e começa com 50 ml no primeiro dia, evoluindo para até 200 ml por refeição em pelo menos 6 horários com intervalo de 2 a 3 horas. Primeiro é liquida restrita (chás, água de coco, sucos claros – lima, laranja-lima, melancia) e depois evolui com aumento do volume e com a introdução de sopas, caldos, iogurtes, mingaus, etc. Todas as preparações são liquidificadas e coadas assegurando um maior conforto e evitando a sobrecarga no pequeno reservatório gástrico.
O fracionamento é mantido 3-3 horas com aumento do volume ingerido em cada refeição. Entre os intervalos é orientado hidratação através do consumo de água de coco, água mineral ou bebida isotônica. Nesse período, caso o paciente sinta muita vontade de mastigar, é permitido ingerir gelatinas ou picolés de frutas sem açúcar.
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