09 out

Doença Renal Crônica: uma consequência oculta e pouco divulgada da Obesidade

Artigo

Estudos têm demostrado correlação entre a epidemia de Obesidade e o aumento de casos de Doença Renal Crônica. O Diabetes Mellitus, a Hipertensão Arterial, a resistência à insulina, sabidamente associados ao aumento de peso, contribuem para o desenvolvimento da doença renal. No entanto, pesquisas têm revelado que a obesidade, por si, afeta a função renal. Pouco se tem falado desse inimigo oculto (a doença renal) no processo do ganho de peso da população. Estatísticas americanas e de outros países desenvolvidos indicam que o aumento de peso e do índice de massa corpórea (IMC) estão intimamente relacionados ao número de casos novos admitidos com estágio final a doença renal (que precisa de hemodiálise e transplante renal).

Ter doença renal crônica, mesmo em estágios que ainda não precise de diálise ou transplante renal, aumenta o risco de complicações, como as doenças cardiovasculares e diminuição da expectativa de vida. Um problema que se apresenta é que a maior parte dos pacientes com doença renal NÃO TEM SINTOMAS. Para saber se tem, é preciso fazer uma boa consulta médica e encaminhamento para exames laboratoriais.

A dosagem da albuminúria (albumina na urina, microalbuminúria) e a dosagem de creatinina no sangue (para estimar a filtração glomerular) estão entre os exames recomendados. Diagnosticar cedo pode ajudar a evitar ou diminuir o impacto das complicações desta doença que é comum e de alto impacto na sobrevida da população em geral.

Dra. Marília Bahiense Oliveira – CRM-BA 12544
Nefrologista e Clínica Geral, Clínica Baros
Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo
Mestre em Medicina pela Universidade de São Paulo
Especialista pela Sociedade Brasileira de Nefrologia
Residência Médica Clínica Médica e Nefrologia, Universidade de São Paulo

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